Resumo Livre com
comentários pessoais de Lady Taylor
Autor do livro: Luiz
Felipe Carneiro – Ed. Globo
Apresentação : janeiro de 1985..
Inicia falando o seguinte:
“ Freddie Mercury regendo mais de
250 mil pessoas enquanto tentava cantar – love
of my life....”
(*) Interessante o uso do verbo “ tentar” na construção desta frase:
realmente Freddie tentou porque os fãs e as pessoas presentes assumiram os
vocais desta música. Fato este que em 2008, o próprio Brian May disse: “Ninguém
canta esta música como vocês.” ( Via Funchal – São Paulo).
Vale ressaltar aqui, que a cena famosa aonde Freddie Mercury
literalmente “ engole” as lágrimas foi no show do dia 18/01 porque a plateia
tentou ser melhor que a da noite do dia 11/01/85.
O restante da apresentação do livro do Luiz ressalta as peculiaridades
das grandes estrelas que passaram pela 1ª edição do evento Rock in Rio. Nos
deteremos aqui apenas aos dados referentes à banda Queen, mas já convidamos os
fãs e apreciadores de rock a ler o livro
e assim saber maiores detalhes deste festival em suas muitas edições e, claro,
curiosidades de sua banda e/ou artista favoritos.
Cap. 1= Como tudo começou.. Neste capítulo fala do surgimento da ideia
do Rock in Rio, das dificuldades do projeto e de se conseguir realizar este
projeto
.
Números do Rock in Rio 1 – O Top:
5º lugar : Nina Hagen esquecida
por muitos nos dias de hoje, mas em 85... ela “ causou”...
4ª lugar: O renascimento de James
Taylor
3º lugar: Queen cantando “ Love of my life”. A
maior orquestra de vozes da história do rock.
2º lugar: A cidade do rock –
inesquecível.. foi o início da reviravolta mundial do brasil em relação ao
showbusiness.
1º lugar : a lama
(*) lembro-me que muitos acabaram chamando o Rock in Rio , como Rock in
lama.
Num segundo momento o autor
revela a lista inicial das “ estrelas internacionais” que seriam convidadas
para o evento e relata alguns encontros com produtores e managers, alguns muito
ruins e outros nem tanto.. Ele diz: Jim Beach, o manager do Queen foi muito
educado. Disse que não acreditava muito no projeto deste tipo se não fosse
apresentado por um empresário americano, isso porque em 1981 quando o Queen
veio pela primeira vez tocar no Brasil, havia um show agendado no Rio, mas o
governados da época Chagas Freitas “ proibiu” a presença da banda.
O autor ainda ressalta que Jim
Beach agradeceu o convite mandando uma garrafa de champanhe.
O 1º artista que confirmou a
presença no festival foi Ozzy Osbourne e em seguida o Queen, que como na época
era a banda pop/rock mais influente do planeta, acabou abrindo as portas para
que os demais acreditassem também no evento e assim, aceitassem o convite.
(*) Mais um ponto para o Queen.(rs)
Na página 27 = Para facilitar ainda mais as coisas, Jim Beach deu
uma generosíssima declaração à imprensa inglesa no Hotel Savoy em Londres.
“ Tenho total confiança em que este festival será um extraordinário
sucesso.”
... retomando a fala de Jim:
“Este é o 1º show profissional que já lidei no Brasil. Gostaria de dar
meu testemunho favorável ao pessoal altamente gabaritado e aos profissionais
verdadeiramente responsáveis com os quais estou lidando na organização do Rock
in Rio.”
Dia 11 de janeiro de 1985 – Agora
é pra valer!
- Ney Matogrosso
-Pepeu Gomes e Baby Consuelo
- Erasmo Carlos
-Iron Maiden
-Queen ( EU FUI!!!!) e no dia 18/01 TAMBÉM!!!
Freddie Mercury é o show!!!! ( págs. 64 a 71)
Assim que o helicóptero de FM sobrevoava a “ Cidade do
Rock”, começava a corrida dos profissionais ao camarim gritando:
Esquenta saquê a 20º. Essa foi a instrução mais importante
mais importante que Khader recebeu dos produtores do festival. O restante da
banda havia chegado mais cedo, pois viajaram separadamente.
Quando o helicóptero chegou e
Freddie desceu foi desenhado uma das imagens mais hilárias do festival e que
alguns poucos tiveram oportunidade de presenciar. Vestido uma roupa de couro
preto e uma chapéu estilo caubói, desfilando à estilo Megastar!!!
Em seguida ( segundo o autor),
Freddie teria tido ao longo do “ corredor dos camarins” seu 1º chilique. Alguns
artistas aguardavam ansiosos a passagem da “ estrela” maior do Rock in Rio, mas
Freddie teria exigido que retirassem todos em
5 minutos. Assim Khader atendeu a solicitação de “ sua majestade” porque
o Queen, era sem dúvida, a grande banda do Rock in Rio. É claro que surgiram
protestos dos artistas brasileiros, mas
partiu de Erasmo Carlos ajudar os organizadores e assim foi feito. Assim que
Freddie começou sua passagem pelo corredor, começaram simultaneamente os gritos de “ bicha”..
“bicha”...
Então Freddie perguntando o que
isso significava, teve como resposta: estão
te exaltando!!!
Mas Freddie, sensível demais e
mais inteligente ainda, conseguiu entender o que de fato se passava, mesmo não
compreendendo o idioma, chegando então em seu camarim, perguntou:
Aqui no Brasil tem furacões??
Ao ouvir a resposta que
provavelmente não, talvez uma tempestade tropical... Freddie respondeu que
então seria o que iria se passar por lá ( o camarim), pois neste exato momento,
ele destruiu literalmente tudo.
O autor ressalta algumas observações
feitas do ocorrido, como a garrafa de saquê pegando fogo e o fato de Freddie
ter gritado aos 4 ventos que não haveria mais show do Queen.
(*) Ainda bem que teve, pois os privilegiados que puderam desfrutar
deste megashow, como eu, vivenciaram algo indescritível mesmo na melhor
qualidade de som e imagem dos dias de hoje, nas versões de DVD ou blu-ray.
Voltando ao fatídico dia, três
arrumadeiras se desdobraram para dar um jeito no estrago feito, enquanto Freddie
ficou imóvel no meio do camarim, chutando todo lixo que era tentado ser tirado
de lá.
Outro fato relatado no livro é
sobre a música que falava sobre “ desmunhecar” – ou seja – “I want break free”... e ainda é colocada a resposta de Roger
quando questionado sobre o fato, o loiro disse:
- Olha, eu sou casado e tenho
filho.
Aliás, na página seguinte, o
autor conta sobre as festas e os motivos teóricos para que Brian er Freddie
ficassem em u hotel, enquanto Roger e John ficassem em outro ( fatos estes, que
nós fãs conhecemos muito bem).
Nas duas páginas dedicadas ao
show da banda, acontecem informes técnicos como set list, considerado perfeito,
a presença e participação do público
cantando o mesmo, a inesquecível participação do público cantando o mesmo, a
inesquecível participação na música “
Love of my life”.
(*) Me sinto lisonjeada em poder dizer que eu de fato e verdade, fui
uma das 250 mil pessoas que cantaram Love of my life... durante o Rock in Rio e
sou responsável.. pelas lágrimas que correram no rosto de Mr. Bulsara.
A jornalista Ana Maria Bahia, do
jornal “ O Globo”, resume assim o show da banda Queen:
“ Uma verdadeira antologia de quase todos os estilos do rock, uma aula
de uso de efeitos no palco e de total controle de público – essa foi a
apoteótica apresentação do Queen, alta madrugada de sábado, encerrando a
primeira noite do Rock in Rio.” (pág.71)
Nas páginas 148 e 149 do livro,
relembram o sucesso que a banda fez em seu 2º show e o fato de Brian ter
relembrado deste sucesso em 2008 ( fala minha), e ainda uma curiosa informação
de que Freddie presenteou Medina ( idealizador do festival), uma tela grafitada
de Dali que até hoje está na casa
do empresário.
Algumas observações feitas por
mim:
Não querendo, mas já abrindo a
discussão.. Inicio estes comentários dizendo que muito me entristece toda vez
que leio algo que relacione Freddie Mercury à sua sexualidade. Um artista
único, ímpar e mundialmente reconhecido por críticos, público e artistas, com uma
legião de seguidores e fãs, foi sem dúvida muito mais que uma pessoa com esta
ou aquela opção ou orientação sexual, e que merece ser reverenciado por sua
obra, que merece admiração e acima de
tudo respeito.
Freddie enquanto pessoa era o que
era, como todos nós: Tinha seus defeitos, inseguranças, medos, limitações e
mais inúmeras qualidades enquanto pessoa e artista.
Tive o privilégio de ver , ouvir,
sentir, estar presente em 4 ( quatro) shows da banda Queen com ELE nos vocais
aqui no Brasil ( 1981 e 1985).. e posso ressaltar que em momento algum em
nenhum destes shows ofensas, apologia a sexo ou a orientação sexual, apesar de
Freddie ser um homem extremamente sensual e sexual no palco, chegando a seduzir de fato seu público...pelo carisma e talento.
O que vi, foi um MONSTRO no palco, no sentido
de algo imenso em relação a talento e presença de palco, com um dom de seduzir e hipnotizar 250 mil pessoal..
Vi também um artista consagrado verter lágrimas ao vivenciar um “ bando de tupiniquins” cantando Love of
my life.
Ainda acrescento.... Vi alguém
que media cerca de 1:72 cm, muito menor que a medida de Brian May, que beira a
1:85 cm, mas que no palco crescia de tal
maneira que ele ( freddie) parecia da mesma altura ou até mais alto que Brian.
Fora do palco, vi ( e tive o privilégio.. ou
benção de ter estado com ele).. um homem que parecia reservado, tímido, mas
muito doce e atento e com um par de olhos cor jabuticaba que não só brilhavam
muito mas que tudo viam e moviam-se agitadamente pra todos os lados.
Posso aqui
, dizer que para mim ele parecia alguém que deixou uma sensação de ser
amigo, daqueles pra todas as horas, uma pessoa intensa, espontânea .. sim..
pois ele era extremista até em suas características de personalidade.. que
falava com o corpo, os olhos que não se importava de tocar em você e que
sentindo-se confortável no momento ou situação, apresentava-se como se “
estivesse em casa” e te tratar carinhosamente.
Enfim, se Freddie deu “ chiliques”
como é relatado no livro.. todos nós sabemos das exigências loucas e muitas vezes absurdas de várias “ estrelas”
em shows e/ou eventos.
Confesso aqui que não sei classificar ( talvez
por ser fã dele), se foi errado.. arrogante.. surto de estrelismo..
autoafirmação.. ou algo nesta linha..
O que sei.. é que nada justifica
chamar um astro, a estrela maior do evento, um ser humano de bicha ou viado porque ele foi de fato, a grande majestade da música;
adjetivo este que não pode ser usado no sentido pejorativo.. mas com reverência
a este mega-hiper-ultra artista
.
Termino aqui meus comentários com a frase dita
por Medina:
“ Meu
sonho é que o Rock in Rio esteja para a música como a Copa do Mundo está para o futebol.”
... sendo assim.. poderíamos
dizer que Freddie Mercury e o Queen.. é a seleção dos sonhos, com Ronaldo, Neymar,
Romário, Kaká, Rivelino, Garrincha, Pelé.. Cristiano Ronaldo, Messi.. e tantos
outros craques.. mas todos em uma só pessoa.
O livro
de um pouco mais de 380 páginas, traz comentários do Rock in Rio I, II e
III, falando detalhes de cada artista que
passaram por estes eventos.
Aos amantes do rock , pop, hard rock, e tantos
outros gêneros musicais.. posso dizer que é um livro para ser lido para se conhecer um pouco mais desta
trajetória histórica musical no Brasil.. e claro fazer suas análises e
comentários.
Ah! Sim.. existem outros livros que falam do festival.. histórias contadas por quem lá esteve.. bastidores e tudo mais.. estou atrás destes e assim que ler os mesmo.. certamente registrarei meus comentários aqui.
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